Os metalúrgicos de Campos dos Goytacazes-RJ, realizaram assembleia na última noite (26) para ratificar a campanha por melhoria salarial, que tem como princípio o pleito de aplicação do mesmo índice utilizado pelo governo federal para reajustar o salário mínimo, que foi de 14,23%.
No entendimento da entidade, as categorias que recebem pouco mais do mínimo, que é a grande maioria, acabam com os salários depreciados e com perdas com o passar os anos.
“Os trabalhadores que recebem entre um e dois salários temem o achatamento em função do aumento do salário mínimo” afirmou o presidente do Sindicato da categoria, Edson Manhães Pacheco.
Em Campos, a categoria cresce por conta dos empreendimentos do setor naval e offshore. Hoje já são cerca de 2.500 os profissionais sindicalizados, com tendência de crescimento e fortalecimento da entidade.
O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Mecânicos e Eletricistas de Campos dos Goytacazes-RJ, João Paulo da Costa, reclama que a maioria esmagadora das empresas concedem ajuste nos dissídios baseados apenas na inflação do período, o que provoca o achatamento salarial, deixando seus rendimentos mais próximos do mínimo.
“O Brasil está com a economia em aquecimento e as empresas estão com a receita em elevação, mas infelizmente a maior parte delas continuam com o antigo comportamento da remuneração mínima”, afirma.
“Se prevalecer este comportamento – aplicar apenas a perda da inflação do período – a massa trabalhadora vai ficar com os salários achatados e, certamente, perderá poder de compra. Por isso, os sindicatos devem se mobilizar para que isso não ocorra”, conclui.
Fonte: O Diário News de Campos dos Goytacazes – RJ.